quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Amizade Colorida - O Filme

Amizade Colorida - O Filme

Hoje fui assistir o filme Amizade Colorida, uma comédia romântica repleta de clichês, mas que faz rir com facilidade, ainda mais quando você está disposto a isso.
Achei muito boa a atuação do Justin Timberlake que, ao que parece está levando a sério sua carreira de ator.
O início do filme mostra o quanto as relações são parecidas, não importando onde você esteja. Os problemas sempre vão existir e sempre da mesma natureza.
Aí vem o principal, o casal se propõe a transar sem compromisso, como jogar tênis, ao final da partida apertam as mãos e cada um segue seu caminho, a amizade continua, sem cobranças.
Eu acho perfeitamente possível essa situação, mas esse roteiro... só em filme pornô. (ou será que até lá os diretores também estão buscando os finais felizes cheio de amor?)
Não, na vida real, onde as pessoas evitam o compromisso, jamais daria um bom filme de Hollywood, já os nacionais exploraram o tema à exaustão e tem sempre aquele final que não termina. Alguém olha uma paisagem e pronto, fim.
É óbvio que não dá certo, eles têm receio de falar de seus sentimento, o público torce para que fiquem juntos, alguém diz que você não deve abandonar seus sonhos nem perder a oportunidade de dizer o que realmente sente e...voilá! um grande encontro um beijo e eles viveram felizes para sempre.
É assim...não tente impor regras, aceite a pessoa como ela é...ou não e cada um segue seu caminho!
Dei boas risadas com o filme. Comédias românticas não são o meu estilo, mas eu recomendo a quem estiver precisando rir, principalmente se estiver apaixonado (tão bonitinho!).
O filme pode ser resumido naquela tradicional frase:"Quem não sabe brincar não desce para o play!"
E tenho dito.
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terça-feira, 27 de abril de 2010

Adoção de crianças por casal homossexual

Em decisão inédita a 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça manteve decisão que permitiu a adoção de duas crianças por um casal de lésbicas da cidade de Bagé (RS). Seguindo o entendimento já consolidado pelo tribunal de que nos casos de adoção, deve prevalecer sempre o melhor interesse da criança.

Ao ler a notícia de imediato pensei nas referências dessas crianças, na rotina dessa família. É um momento realmente histórico para toda a sociedade. Surge um novo entendimento a respeito da célula mater da sociedade, vulgarmente conhecida como família.

O ministro afirmou que " Esse julgamento é muito importante para dar dignidade ao ser humano, para o casal e para as crianças".

Com tantas mudanças, particularmente a velocidade com que a sociedade vem aceitando e incorporando o homossexualismo, acho que as crianças, futuramente, não terão problemas em entender e aceitar a situação. Embora pense também que apesar dessa velocidade ainda há muito preconceito e essas crianças provavelmente vão sofrer um pouco com isso. Imagine na escola, nas festinhas dos amiguinhos caretas...

Hoje, conversando com colegas no intervalo do almoço, soube das farras dos EMOS, ou sei lá que tribo será essa (talvez uma dissidência), no Shopping Pátio Brasil, espaço eleito por eles para encontros e exibição pública de carinho. Leia-se meninos beijando meninos e meninas beijando meninas, em duplas e eventualmente em trios!!

Pode até ser que alguns desses jovens tenham parentes homossexuais, mas aposto que a maioria foi criada em famílias onde o casal é homem e mulher. Nem me arrisco falar em famílias tradicionais, embora acredite que é possível.

As crianças adotadas não são as únicas a serem criadas por pais homossexuais, existem diversas que vivem isso em casa.

A dúvida que paira no ar é: Até que ponto a sexualidade e outros aspectos da vida social dessas crianças será afetada por esses referenciais?

Talvez essa questão não tenha a menor importância haja vista a quantidade de casais de heterossexuais que têm filhos homossexuais.

De qualquer forma fica para reflexão e comentários.

A adoção foi recomendada pela assistência social, haja vista o vínculo afetivo existente entre as mulheres e as crianças e o entendimento de que deve prevalecer sempre o melhor interesse do menor, retratado na melhor condição social e financeira, garantias e benefícios, como plano de saúde e pensão em caso de separação ou falecimento.

A decisão reconhece a união entre homossexuais e a adoção de crianças como uma família.

É preciso rever conceitos, aliás quem não o fez até agora está atrasado.

Ninguém disse que é fácil, mas que é preciso respeitar o outro.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Verdadeiro ou Falso: Eis a questão

Está cada vez mais difícil saber o que é verdadeiro e o que é falso.
As lojas vendem produtos falsificados, o mercado informal capta, sabe-se lá por que meios, e vende produtos verdadeiros.
As aparências já não são significantes para diferenciá-los. Os produtos já saem falsificados de fábrica!
Assim como pensamentos falsos saem da cabeça que não sabe realmente o que quer.

CONFUSÃO.

Informações desencontradas, interesses escondidos, um sorriso, "eu te garanto, se der defeito pode voltar aqui e trocar". E trocamos mesmo...

GARANTIA.

Precisamos de provas definitivas de tudo ou aceitar que a vida não tem garantias.
Certo é que você não deve construir seu castelo no terreno alheio. E como isso é difícil...acabamos compartilhando pelo menos o muro.
Etiquetas, palavras, figuras, atitudes encomendadas, tudo ao gosto do freguês. É fácil enganar.
Camisas Polo Ralph Lauren ou Lacoste, "euteamos" de várias cores, a fórmula é a mesma, só muda o fixador, a diferença é que vai durar menos tempo.

VALOR.

Objetos sem marca e de boa qualidade podem ser adquiridos em diversos lugares a preços justos. Têm a seu favor o fato de mostrar exatamente o quanto valorizamos.
O importante é não passar uma imagem que não seja a sua, uma que você não possa sustentar por muito tempo.

DESVIO.

É preciso ter o olho bom, um que se adestra depois de muito errar, se ajusta, compensa o desvio.
Qual seu real interesse? Qual o meu?
Nem sempre sei o que é melhor pra mim, procuro usar o olho bom.
Já vejo qualidade que me garanta bom tempo de uso.

CONSELHOS.

Cada ser humano é um universo: infinito, imprevisível.
Impossível calcular com exatidão sem todas as variáveis!
Mas como obtê-las sem entrar na mente alheia?
Como saber se o ato é natural ou artificial, calculado?
Quais as suas necessidades?
Será que elas te obrigam a usar produtos falsificados?

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Crime e Costume na Sociedade Selvagem



Bronislaw Kasper Malinowski, autor do livro Crime e Costume na Sociedade Selvagem, nasceu na Polônia e é considerado um dos fundadores da Antropologia Social. Caracterizou-se por tomar uma posição original em relação aos conflitos de idéias do seu tempo, por desenvolver um novo método de investigação de campo, cuja origem remonta à sua intensa experiência de pesquisa na Austrália, inicialmente com o povo Mailu (1915) e posteriormente com os nativos das Ilhas Trobriand (1915-16, 1917-18), cenário descrito no livro em estudo, e finalmente por rejeitar a especulação evolucionista e a manipulação do passado para fins do presente.

Inicialmente o autor chama a atenção para a falta de informações a respeito da lei primitiva, ou seja, das forças que contribuíam para a manutenção da ordem, da uniformidade e da coesão na tribo selvagem.

     No decorrer do livro o autor demostra que as regras estão baseadas nos costumes e tradições e que, embora não estejam escritas, são acatadas por todos, pelo menos ostensivamente. Como em toda sociedade, basta a falta de fiscalização para que as regras sejam burladas, contradizendo a maioria dos antropólogos que descreve o selvagem como um cumpridor quase servil das regras.
     O que se percebe é que as regras são de caráter inequivocamente obrigatório, mas elásticas e ajustáveis no seu cumprimento, ou seja, a mesma cultura e tradição que estabelece as normas, produz igualmente os remédios para as violações.
     Na verdade, o que garante o cumprimento das normas é o sistema de trocas aliado a sentimentos de ambição e vaidade. Os nativos nunca estão satisfeitos nas negociações e não vêem problema em se furtar às obrigações, se isso não for causar perda de prestígio ou prejuízo.
     Alguns aspectos descritos pelo autor nos remetem ao que conhecemos hoje por Direito Civil e Penal, haja vista que ele retrata como são as regras do casamento, das sucessões assim como os delitos puníveis e o tipo de pena aplicada. Neste ponto chama a atenção a possibilidade do suicídio em virtude da vergonha de ver a transgressão exposta a todos.
     Como não poderia deixar de ser, a feitiçaria, marca desse tipo de sociedade, se faz presente e tem posição de destaque. O autor explora o assunto como se a prática realmente tivesse efeitos; como se a feitiçaria de fato regulasse algumas relações ou fosse capaz de punir alguém até mesmo com a morte.
     No último capítulo entende-se verdadeiramente a realidade da convivência nos clãs: " Em todas as oportunidades em que atua como unidade econômica nas distribuições cerimoniais, o clã permanece homogêneo somente em relação a outros clãs. Na verdade, internamente, há um espírito inteiramente comercial, não isento de suspeitas, inveja e práticas mesquinhas. A solidariedade aparente está sempre eivada de pecados e praticamente inexiste na rotina da vida cotidiana."

terça-feira, 6 de abril de 2010

Alguma coisa acontece no meu coração...

Já não tenho mais aquela vontade enorme e aventureira de morar em vários lugares do Brasil.
Esse era um ponto muito importante para mim, eu estava determinado a passar no máximo 3 anos em cada lugar. Essa idéia me parece ruim agora. Algo aconteceu...
Estou muito feliz em Brasília, mesmo longe da minha filha, mesmo longe da família. Sempre fui desgarrado e isso é que me deixa mais impressionado, não quero mais sair daqui.
Estou apegado a este lugar, ao apartamento onde moro, à minha quadra, meus amigos, minha vidinha perto de tudo.
Estou num desses pontos de inflexão da vida.
No início do mês que vem vou fazer a prova para a Escola de Comando e Estado Maior, um curso que eu sempre tive a certeza que iria fazer, pois é a continuidade da carreira militar e a minha, modéstia à parte, está muito bonita. Resumindo, minha carreira seria muito promissora, se eu fizesse esse curso.
Na verdade não é só fazer o curso da ECEME, tem um outro fator que é o estar feliz com o que se faz e eu não me vejo nos coronéis e generais que cumprem rigorosamente o regulamento e as regras não escritas da caserna.
Hoje fiz o exercício mental de imaginar o caminhão de mudança encostando lá em casa para desmontar e carregar minhas coisas; me vi montando tudo mais uma vez, agora em algum lugar do Rio, provavelmente na Praia Vermelha, aos pés do Pão de Açúcar.
Me vi nas simulações de combate que são feitas naquela escola, me vi correndo na praia de Copacabana, curtindo as baladas do Rio, me vi indo à casa dos meus pais mais amiúde e recebendo a visita deles, me vi nas viagens de estudos. Nada disso me animou.
Vou ficar aqui mesmo, estudar firme, investir nas minhas amizades e em mim mesmo, na minha felicidade. Vou começar a planejar minha aposentadoria.
Sem dúvida que tudo isso faz parte do Novo Rodrigo.
Estou feliz e satisfeito.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Felicidade


Não sei por que tô tão feliz!
Não há motivo algum pra ter tanta felicidade.
Não sei o que foi que eu fiz,
Se eu fui perdendo o senso de realidade
Um sentimento indefinido foi me tomando ao cair da tarde,
Infelizmente era felicidade.
Claro, que é muito gosto, claro!
Mas claro que eu não acredito,
felicidade assim sem mais nem menos é muito esquisito!

Não sei por que eu tô tão feliz!
Preciso refletir um pouco e sair do barato.
Não posso continuar assim feliz, como se fosse um sentimento inato.
Sem ter o menor motivo,
Sem ter uma razão de fato,
Ser feliz assim é meio chato!
E as coisas nem vão muito bem,
Eu perdi um dinheiro que eu tinha guardado.
E pra completar depois disso,
Eu fui despedido e tô desempregado.
Amor que sempre foi meu forte,
Não tenho tido muita sorte.
Estou sozinho e sem saída,
Sem dinheiro, sem comida e feliz da vida!

Não sei por que eu tô tão feliz!
Vai ver que é pra esconder no fundo uma infelicidade.
Pensei que fosse por aí,
Fiz todas as terapias que tem na cidade.
A conclusão veio depressa,
E sem nenhuma novidade
O meu problema era felicidade.
Fui até bem razoável,
Felicidade quando é no começo ainda é controlável.

Não sei o que é que foi que eu fiz
Pra merecer estar radiante de felicidade.
Mas fácil ver o que não fiz,
Fiz muito pouca coisa aqui pra minha idade,
Não me deidiquei a nada,
Tudo eu fiz pela metade,
Por que então eu ter felicidade?
E dizem que eu só penso em mim
Que eu sou muito centrado, que eu sou egoísta.
Tem gente que põe meus defeitos em ordem alfabética e faz uma lista.
Por isso não se justifica tanto privilégio de felicidade.
Independente dos deslizes, dentre todos os felizes, sou o mais feliz!

Não sei por que eu tô tão feliz!
E já nem sei se é necessário ter um bom motivo!
A busca por uma razão me deu dor de cabeça, acabou comigo.
Enfim eu já tentei de tudo,
Enfim tentei ser consequente,
Mas desisti vou ser feliz pra sempre!

Peço a todos licença,
Vamos liberar o pedaço,
Felicidade assim desse tamanho só com muito espaço!
Adorei essa música cantada pela Zélia Duncan em seu último show. A letra é de Luiz Tatit.
P.S. Eu sei bem porque ando tão feliz...

quinta-feira, 18 de março de 2010

Cervejinha segunda-feira pode?


Claro que pode!!

Me lembro bem do tempo que eu morava num condomínio no Cabula, em Salvador, em cuja entrada havia uns bares. Em várias segundas-feiras eu parei ali, na volta do trabalho, para tomar uma gelada, sempre celebrando a vida e a liberdade.

Não poderia ser diferente já que a própria cidade celebra a vida no ritmo dos tambores e, depois de passar 5 anos em regime de internato em escolas militares, acho que precisava passar uns 10 comemorando a liberdade.

Mais recentemente minha prisão foi no Haiti, 8 longos meses sem barzinho, balada e cervejinha na segunda. Não tem como esquecer os dias que passei lá. Claro que fui voluntário e que a experiência foi ótima, mas isso não impede que eu me lembre dos meus desejos naquela época e agora faça tudo para realizá-los.

Cervejinha na segunda-feira era um deles. Então, seja no Libanus, no Na Venda, no Espetinho do Maranhão, Fausto & Manuel ou São Jorge não me privo mais!

Na verdade o dia da semana é o menos importante, o lance da segunda é a mística que a envolve, pregando que obrigatoriamente será um dia chato, repleto de aborrecimentos, o que se quebra facilmente com uma boa companhia, e isso parece que eu já encontrei.

Aos mais íntimos já confidenciei o prazer que sinto em ser adulto e poder fazer tudo aquilo que eu tinha vontade quando era adolescente, com responsabilidade claro, mas só sendo privado de algumas coisas, mesmo as mais simples, para dar valor quando as temos.

Em O Mundo de Sophia, uma passagem interessante compara o mundo ao coelho que o mágico tira da cartola, dizendo que nós nascemos no topo do pêlo desse coelho, com vista privilegiada e nos encantando com tudo o que vemos. Com o tempo vamos cansando e escorregando para o emaranhado de pêlos e, com a visão agora encurtada, deixamos de sentir prazer em pequenas coisas.

Pois eu me recuso, não vou escorregar pra dentro da pelagem do coelho, vou seguir aqui no topo, olhando tudo e me encantando como se fosse a primeira vez. Vou sentir prazer para sempre!

Salve a cervejinha nossa de cada dia (e nos momentos mais improváveis), salve os cachorrinhos correndo no gramado, salve o dia de sol, salve a chegada do fim de semana, salve o fim do expediente, salve o pôr-do-sol na Praia do Jacaré, no meio do Solimões ou na minha quadra mesmo, salve a amizade, salve o movimento dos seus quadris, salve esse seu sorriso, salve os cachinhos do cabelo da Bia, salve o momento do gol e salve o meu nome na sua boca que me deixa pleno de prazer.

P.S. Recomendo, embora eu ache horrível a tal calcinha bege...

http://calcinhabege.wordpress.com/2007/11/08/cervejinha-nossa-de-cada-dia/