Claro que pode!!
Me lembro bem do tempo que eu morava num condomínio no Cabula, em Salvador, em cuja entrada havia uns bares. Em várias segundas-feiras eu parei ali, na volta do trabalho, para tomar uma gelada, sempre celebrando a vida e a liberdade.
Não poderia ser diferente já que a própria cidade celebra a vida no ritmo dos tambores e, depois de passar 5 anos em regime de internato em escolas militares, acho que precisava passar uns 10 comemorando a liberdade.
Mais recentemente minha prisão foi no Haiti, 8 longos meses sem barzinho, balada e cervejinha na segunda. Não tem como esquecer os dias que passei lá. Claro que fui voluntário e que a experiência foi ótima, mas isso não impede que eu me lembre dos meus desejos naquela época e agora faça tudo para realizá-los.
Cervejinha na segunda-feira era um deles. Então, seja no Libanus, no Na Venda, no Espetinho do Maranhão, Fausto & Manuel ou São Jorge não me privo mais!
Na verdade o dia da semana é o menos importante, o lance da segunda é a mística que a envolve, pregando que obrigatoriamente será um dia chato, repleto de aborrecimentos, o que se quebra facilmente com uma boa companhia, e isso parece que eu já encontrei.
Aos mais íntimos já confidenciei o prazer que sinto em ser adulto e poder fazer tudo aquilo que eu tinha vontade quando era adolescente, com responsabilidade claro, mas só sendo privado de algumas coisas, mesmo as mais simples, para dar valor quando as temos.
Em O Mundo de Sophia, uma passagem interessante compara o mundo ao coelho que o mágico tira da cartola, dizendo que nós nascemos no topo do pêlo desse coelho, com vista privilegiada e nos encantando com tudo o que vemos. Com o tempo vamos cansando e escorregando para o emaranhado de pêlos e, com a visão agora encurtada, deixamos de sentir prazer em pequenas coisas.
Pois eu me recuso, não vou escorregar pra dentro da pelagem do coelho, vou seguir aqui no topo, olhando tudo e me encantando como se fosse a primeira vez. Vou sentir prazer para sempre!
Salve a cervejinha nossa de cada dia (e nos momentos mais improváveis), salve os cachorrinhos correndo no gramado, salve o dia de sol, salve a chegada do fim de semana, salve o fim do expediente, salve o pôr-do-sol na Praia do Jacaré, no meio do Solimões ou na minha quadra mesmo, salve a amizade, salve o movimento dos seus quadris, salve esse seu sorriso, salve os cachinhos do cabelo da Bia, salve o momento do gol e salve o meu nome na sua boca que me deixa pleno de prazer.
P.S. Recomendo, embora eu ache horrível a tal calcinha bege...
http://calcinhabege.wordpress.com/2007/11/08/cervejinha-nossa-de-cada-dia/
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Perfeito!!!Se depender de mim, sempre terá companhia! Adoro MUITO!
ResponderExcluirVc ja percebeu que tudo que vc fala, vc coloca sua vida como "prisão" antes e liberdade depois !!
ResponderExcluirUma prisão que vc mesmo escolheu .. uma prisão opcional !! daí vc coloca as coisas de uma forma que ah, antes eu não podia fazer isso e agora eu posso, sendo assim irei fazer tudo agora, como uma criança que quando pode comer, brincar .. faz tudo ao mesmo tempo e acaba passando mal, porque na verdade não sabe ao certo o que quer fazer, mas faz aquilo porque agora pode e não porque tem certeza que aquilo realmente é bom para ela.
Tem horas que vc fala com tanto orgulho da sua profissão, depois cai em contradição, porque vive buscando outros meios para sair dela .. e isso vc sabe o que estou querendo dizer.. e acaba por fim, não sabendo em que direção realmente vc deve tomar .. sabe o que isso da entender, que vc tem um vazio dentro de vc que vive tentando preencher com qualquer coisa e que por fim não leva a nada !!! .. daí vc coloca a culpa em tudo isso para dar continuidade num lado da sua vida que não sai do lugar ..
Quando vc se propõe a escrever sobre a própria vida num blog fica mesmo sujeito a esses comentários de pessoas que pensam que te conhecem e insistem em julgar. Se não me ofender eu publico sem problemas...pena que é anônimo!
ResponderExcluirVamos às idéias:
1) Ao meu ver nem sempre sabemos o que é melhor para nós e nem por isso vamos deixar de viver e experimentar. Tenho em mente que cada escolha é uma renúncia e não deixo de escolher.
2) Me privei voluntariamente de muitas coisas, fiz escolhas, e essa privação me permite valorizar pequenas coisas hoje. Coisas que são comuns para qualquer pessoa, como tomar um banho quente, escovar os dentes, abrir a geladeira, tomar uma cerva em qq dia da semana, simplesmente colocar uma mochila nas costas e sair sem destino, entre outras, para mim tem um sabor especial.
3) Minha relação com a minha profissão eu sei muito bem qual é...se vc não entendeu foi porque me expressei mal ou pq vc é uma pessoa limitada intelectualmente, de qq forma não me importo.
4) É certo que tenho um vazio, do contrário não escreveria um blog nesse estilo, e quem não tem? Meu vazio é eventual e estou cuidando bem de preenchê-lo.
Por fim, para vc anônimo que se preocupa comigo, saiba que nunca fui tão feliz na minha vida como estou nesse momento. Torço pela sua felicidade também e vou te incluir nas minhas orações, mesmo não fazendo idéia de quem seja você.
Cabeçote,
ResponderExcluirEu admiro muito vc e a maneira com que vc resolve seus problemas...somos muito parecidos, é uma pena que algumas pessoas não consigam compreender que apesar da nossa alegria de viver existe tb um lado que tanto sofre, chora e algumas vezes fica vazio...
Acho que esse teu amigo aí anônimo não pensa em crescimento profissional, mudanças...deve ser muito dificil para ele desafios hehehe...
Bem,estou muito feliz com a tua felicidade,vc sabe que torço por sempre, vc merece toda a felicidade do mundo!
Te adoro muito para sempre!
Fábia Freire
nice info, thanks
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