terça-feira, 27 de abril de 2010

Adoção de crianças por casal homossexual

Em decisão inédita a 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça manteve decisão que permitiu a adoção de duas crianças por um casal de lésbicas da cidade de Bagé (RS). Seguindo o entendimento já consolidado pelo tribunal de que nos casos de adoção, deve prevalecer sempre o melhor interesse da criança.

Ao ler a notícia de imediato pensei nas referências dessas crianças, na rotina dessa família. É um momento realmente histórico para toda a sociedade. Surge um novo entendimento a respeito da célula mater da sociedade, vulgarmente conhecida como família.

O ministro afirmou que " Esse julgamento é muito importante para dar dignidade ao ser humano, para o casal e para as crianças".

Com tantas mudanças, particularmente a velocidade com que a sociedade vem aceitando e incorporando o homossexualismo, acho que as crianças, futuramente, não terão problemas em entender e aceitar a situação. Embora pense também que apesar dessa velocidade ainda há muito preconceito e essas crianças provavelmente vão sofrer um pouco com isso. Imagine na escola, nas festinhas dos amiguinhos caretas...

Hoje, conversando com colegas no intervalo do almoço, soube das farras dos EMOS, ou sei lá que tribo será essa (talvez uma dissidência), no Shopping Pátio Brasil, espaço eleito por eles para encontros e exibição pública de carinho. Leia-se meninos beijando meninos e meninas beijando meninas, em duplas e eventualmente em trios!!

Pode até ser que alguns desses jovens tenham parentes homossexuais, mas aposto que a maioria foi criada em famílias onde o casal é homem e mulher. Nem me arrisco falar em famílias tradicionais, embora acredite que é possível.

As crianças adotadas não são as únicas a serem criadas por pais homossexuais, existem diversas que vivem isso em casa.

A dúvida que paira no ar é: Até que ponto a sexualidade e outros aspectos da vida social dessas crianças será afetada por esses referenciais?

Talvez essa questão não tenha a menor importância haja vista a quantidade de casais de heterossexuais que têm filhos homossexuais.

De qualquer forma fica para reflexão e comentários.

A adoção foi recomendada pela assistência social, haja vista o vínculo afetivo existente entre as mulheres e as crianças e o entendimento de que deve prevalecer sempre o melhor interesse do menor, retratado na melhor condição social e financeira, garantias e benefícios, como plano de saúde e pensão em caso de separação ou falecimento.

A decisão reconhece a união entre homossexuais e a adoção de crianças como uma família.

É preciso rever conceitos, aliás quem não o fez até agora está atrasado.

Ninguém disse que é fácil, mas que é preciso respeitar o outro.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Verdadeiro ou Falso: Eis a questão

Está cada vez mais difícil saber o que é verdadeiro e o que é falso.
As lojas vendem produtos falsificados, o mercado informal capta, sabe-se lá por que meios, e vende produtos verdadeiros.
As aparências já não são significantes para diferenciá-los. Os produtos já saem falsificados de fábrica!
Assim como pensamentos falsos saem da cabeça que não sabe realmente o que quer.

CONFUSÃO.

Informações desencontradas, interesses escondidos, um sorriso, "eu te garanto, se der defeito pode voltar aqui e trocar". E trocamos mesmo...

GARANTIA.

Precisamos de provas definitivas de tudo ou aceitar que a vida não tem garantias.
Certo é que você não deve construir seu castelo no terreno alheio. E como isso é difícil...acabamos compartilhando pelo menos o muro.
Etiquetas, palavras, figuras, atitudes encomendadas, tudo ao gosto do freguês. É fácil enganar.
Camisas Polo Ralph Lauren ou Lacoste, "euteamos" de várias cores, a fórmula é a mesma, só muda o fixador, a diferença é que vai durar menos tempo.

VALOR.

Objetos sem marca e de boa qualidade podem ser adquiridos em diversos lugares a preços justos. Têm a seu favor o fato de mostrar exatamente o quanto valorizamos.
O importante é não passar uma imagem que não seja a sua, uma que você não possa sustentar por muito tempo.

DESVIO.

É preciso ter o olho bom, um que se adestra depois de muito errar, se ajusta, compensa o desvio.
Qual seu real interesse? Qual o meu?
Nem sempre sei o que é melhor pra mim, procuro usar o olho bom.
Já vejo qualidade que me garanta bom tempo de uso.

CONSELHOS.

Cada ser humano é um universo: infinito, imprevisível.
Impossível calcular com exatidão sem todas as variáveis!
Mas como obtê-las sem entrar na mente alheia?
Como saber se o ato é natural ou artificial, calculado?
Quais as suas necessidades?
Será que elas te obrigam a usar produtos falsificados?

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Crime e Costume na Sociedade Selvagem



Bronislaw Kasper Malinowski, autor do livro Crime e Costume na Sociedade Selvagem, nasceu na Polônia e é considerado um dos fundadores da Antropologia Social. Caracterizou-se por tomar uma posição original em relação aos conflitos de idéias do seu tempo, por desenvolver um novo método de investigação de campo, cuja origem remonta à sua intensa experiência de pesquisa na Austrália, inicialmente com o povo Mailu (1915) e posteriormente com os nativos das Ilhas Trobriand (1915-16, 1917-18), cenário descrito no livro em estudo, e finalmente por rejeitar a especulação evolucionista e a manipulação do passado para fins do presente.

Inicialmente o autor chama a atenção para a falta de informações a respeito da lei primitiva, ou seja, das forças que contribuíam para a manutenção da ordem, da uniformidade e da coesão na tribo selvagem.

     No decorrer do livro o autor demostra que as regras estão baseadas nos costumes e tradições e que, embora não estejam escritas, são acatadas por todos, pelo menos ostensivamente. Como em toda sociedade, basta a falta de fiscalização para que as regras sejam burladas, contradizendo a maioria dos antropólogos que descreve o selvagem como um cumpridor quase servil das regras.
     O que se percebe é que as regras são de caráter inequivocamente obrigatório, mas elásticas e ajustáveis no seu cumprimento, ou seja, a mesma cultura e tradição que estabelece as normas, produz igualmente os remédios para as violações.
     Na verdade, o que garante o cumprimento das normas é o sistema de trocas aliado a sentimentos de ambição e vaidade. Os nativos nunca estão satisfeitos nas negociações e não vêem problema em se furtar às obrigações, se isso não for causar perda de prestígio ou prejuízo.
     Alguns aspectos descritos pelo autor nos remetem ao que conhecemos hoje por Direito Civil e Penal, haja vista que ele retrata como são as regras do casamento, das sucessões assim como os delitos puníveis e o tipo de pena aplicada. Neste ponto chama a atenção a possibilidade do suicídio em virtude da vergonha de ver a transgressão exposta a todos.
     Como não poderia deixar de ser, a feitiçaria, marca desse tipo de sociedade, se faz presente e tem posição de destaque. O autor explora o assunto como se a prática realmente tivesse efeitos; como se a feitiçaria de fato regulasse algumas relações ou fosse capaz de punir alguém até mesmo com a morte.
     No último capítulo entende-se verdadeiramente a realidade da convivência nos clãs: " Em todas as oportunidades em que atua como unidade econômica nas distribuições cerimoniais, o clã permanece homogêneo somente em relação a outros clãs. Na verdade, internamente, há um espírito inteiramente comercial, não isento de suspeitas, inveja e práticas mesquinhas. A solidariedade aparente está sempre eivada de pecados e praticamente inexiste na rotina da vida cotidiana."

terça-feira, 6 de abril de 2010

Alguma coisa acontece no meu coração...

Já não tenho mais aquela vontade enorme e aventureira de morar em vários lugares do Brasil.
Esse era um ponto muito importante para mim, eu estava determinado a passar no máximo 3 anos em cada lugar. Essa idéia me parece ruim agora. Algo aconteceu...
Estou muito feliz em Brasília, mesmo longe da minha filha, mesmo longe da família. Sempre fui desgarrado e isso é que me deixa mais impressionado, não quero mais sair daqui.
Estou apegado a este lugar, ao apartamento onde moro, à minha quadra, meus amigos, minha vidinha perto de tudo.
Estou num desses pontos de inflexão da vida.
No início do mês que vem vou fazer a prova para a Escola de Comando e Estado Maior, um curso que eu sempre tive a certeza que iria fazer, pois é a continuidade da carreira militar e a minha, modéstia à parte, está muito bonita. Resumindo, minha carreira seria muito promissora, se eu fizesse esse curso.
Na verdade não é só fazer o curso da ECEME, tem um outro fator que é o estar feliz com o que se faz e eu não me vejo nos coronéis e generais que cumprem rigorosamente o regulamento e as regras não escritas da caserna.
Hoje fiz o exercício mental de imaginar o caminhão de mudança encostando lá em casa para desmontar e carregar minhas coisas; me vi montando tudo mais uma vez, agora em algum lugar do Rio, provavelmente na Praia Vermelha, aos pés do Pão de Açúcar.
Me vi nas simulações de combate que são feitas naquela escola, me vi correndo na praia de Copacabana, curtindo as baladas do Rio, me vi indo à casa dos meus pais mais amiúde e recebendo a visita deles, me vi nas viagens de estudos. Nada disso me animou.
Vou ficar aqui mesmo, estudar firme, investir nas minhas amizades e em mim mesmo, na minha felicidade. Vou começar a planejar minha aposentadoria.
Sem dúvida que tudo isso faz parte do Novo Rodrigo.
Estou feliz e satisfeito.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Felicidade


Não sei por que tô tão feliz!
Não há motivo algum pra ter tanta felicidade.
Não sei o que foi que eu fiz,
Se eu fui perdendo o senso de realidade
Um sentimento indefinido foi me tomando ao cair da tarde,
Infelizmente era felicidade.
Claro, que é muito gosto, claro!
Mas claro que eu não acredito,
felicidade assim sem mais nem menos é muito esquisito!

Não sei por que eu tô tão feliz!
Preciso refletir um pouco e sair do barato.
Não posso continuar assim feliz, como se fosse um sentimento inato.
Sem ter o menor motivo,
Sem ter uma razão de fato,
Ser feliz assim é meio chato!
E as coisas nem vão muito bem,
Eu perdi um dinheiro que eu tinha guardado.
E pra completar depois disso,
Eu fui despedido e tô desempregado.
Amor que sempre foi meu forte,
Não tenho tido muita sorte.
Estou sozinho e sem saída,
Sem dinheiro, sem comida e feliz da vida!

Não sei por que eu tô tão feliz!
Vai ver que é pra esconder no fundo uma infelicidade.
Pensei que fosse por aí,
Fiz todas as terapias que tem na cidade.
A conclusão veio depressa,
E sem nenhuma novidade
O meu problema era felicidade.
Fui até bem razoável,
Felicidade quando é no começo ainda é controlável.

Não sei o que é que foi que eu fiz
Pra merecer estar radiante de felicidade.
Mas fácil ver o que não fiz,
Fiz muito pouca coisa aqui pra minha idade,
Não me deidiquei a nada,
Tudo eu fiz pela metade,
Por que então eu ter felicidade?
E dizem que eu só penso em mim
Que eu sou muito centrado, que eu sou egoísta.
Tem gente que põe meus defeitos em ordem alfabética e faz uma lista.
Por isso não se justifica tanto privilégio de felicidade.
Independente dos deslizes, dentre todos os felizes, sou o mais feliz!

Não sei por que eu tô tão feliz!
E já nem sei se é necessário ter um bom motivo!
A busca por uma razão me deu dor de cabeça, acabou comigo.
Enfim eu já tentei de tudo,
Enfim tentei ser consequente,
Mas desisti vou ser feliz pra sempre!

Peço a todos licença,
Vamos liberar o pedaço,
Felicidade assim desse tamanho só com muito espaço!
Adorei essa música cantada pela Zélia Duncan em seu último show. A letra é de Luiz Tatit.
P.S. Eu sei bem porque ando tão feliz...

quinta-feira, 18 de março de 2010

Cervejinha segunda-feira pode?


Claro que pode!!

Me lembro bem do tempo que eu morava num condomínio no Cabula, em Salvador, em cuja entrada havia uns bares. Em várias segundas-feiras eu parei ali, na volta do trabalho, para tomar uma gelada, sempre celebrando a vida e a liberdade.

Não poderia ser diferente já que a própria cidade celebra a vida no ritmo dos tambores e, depois de passar 5 anos em regime de internato em escolas militares, acho que precisava passar uns 10 comemorando a liberdade.

Mais recentemente minha prisão foi no Haiti, 8 longos meses sem barzinho, balada e cervejinha na segunda. Não tem como esquecer os dias que passei lá. Claro que fui voluntário e que a experiência foi ótima, mas isso não impede que eu me lembre dos meus desejos naquela época e agora faça tudo para realizá-los.

Cervejinha na segunda-feira era um deles. Então, seja no Libanus, no Na Venda, no Espetinho do Maranhão, Fausto & Manuel ou São Jorge não me privo mais!

Na verdade o dia da semana é o menos importante, o lance da segunda é a mística que a envolve, pregando que obrigatoriamente será um dia chato, repleto de aborrecimentos, o que se quebra facilmente com uma boa companhia, e isso parece que eu já encontrei.

Aos mais íntimos já confidenciei o prazer que sinto em ser adulto e poder fazer tudo aquilo que eu tinha vontade quando era adolescente, com responsabilidade claro, mas só sendo privado de algumas coisas, mesmo as mais simples, para dar valor quando as temos.

Em O Mundo de Sophia, uma passagem interessante compara o mundo ao coelho que o mágico tira da cartola, dizendo que nós nascemos no topo do pêlo desse coelho, com vista privilegiada e nos encantando com tudo o que vemos. Com o tempo vamos cansando e escorregando para o emaranhado de pêlos e, com a visão agora encurtada, deixamos de sentir prazer em pequenas coisas.

Pois eu me recuso, não vou escorregar pra dentro da pelagem do coelho, vou seguir aqui no topo, olhando tudo e me encantando como se fosse a primeira vez. Vou sentir prazer para sempre!

Salve a cervejinha nossa de cada dia (e nos momentos mais improváveis), salve os cachorrinhos correndo no gramado, salve o dia de sol, salve a chegada do fim de semana, salve o fim do expediente, salve o pôr-do-sol na Praia do Jacaré, no meio do Solimões ou na minha quadra mesmo, salve a amizade, salve o movimento dos seus quadris, salve esse seu sorriso, salve os cachinhos do cabelo da Bia, salve o momento do gol e salve o meu nome na sua boca que me deixa pleno de prazer.

P.S. Recomendo, embora eu ache horrível a tal calcinha bege...

http://calcinhabege.wordpress.com/2007/11/08/cervejinha-nossa-de-cada-dia/

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Plantas artificiais.

Acho ridículo!
Não passam de garrafas pet metamorfoseadas,
combinadas com alguns outros pobres materiais.
Suas folhas não caem, não desbotam, seu caule não pende.
Não cheiram, nem fedem.
Que beleza...artificial.
Ali parada enfeitando, ridículo.
Não têm fraqueza? Não envelhecem? Não têm essência?
Pet de Coca ou de guaraná? Diet, light ou normal?
Não temperam, só enfeitam.
Será arte?
Nunca vi artista de plantas artificiais.
Plantas artificiais de carne e osso são ainda piores.
Insistem em dar opinião.
Você foi feita apenas para enfeitar.


P.S. E ainda assim há quem passe e não te note.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Carnaval em Diamantina


Enfim carnaval!!
Uma amiga me falou de uma excursão pra Diamantina e eu topei na hora!
Tinha ouvido falar maravilhas do carnaval de lá e resolvi conferir. Olha só as condições:
- Ônibus open bar na ida (nunca tinha visto isso!!);
- Casa para 45 pessoas (vai dar merda...);
- Churrasco de confraternização open bar assim que chegássemos (isso vai dar certo!!);
- Ônibus com paz na volta (excelente).
Tudo por um preço que a gente desconfia...mas deu tudo certo e todas as promessas foram cumpridas.
Diamantina me lembrou Olinda, com suas ladeiras de pedra, mas é bem melhor, pois não somos obrigados a ouvir frevo nem a aplaudir uns bonecos horríveis em nome da homenagem à cultura local.
A festa rola o dia inteiro, cada hora num local diferente e todos os ritmos tem seu espaço.
Muita gente bonita e, infelizmente, mais homens que mulheres...
A famosa falta de água na cidade nos afetou somente por um curto período no primeiro dia, parece que a cidade esta se organizando para receber os turistas que chegam aos milhares do Brasil inteiro.
O melhor lugar para se hospedar é na ladeira principal, já que tem algumas horas da madrugada em que o som é desligado, mas durante a maior parte do dia fica ótimo!
O Bar do Titi é uma das principais atrações durante o dia, fica lotado e com um DJ tocando de tudo. Só não me pergunte se a comida lá é boa ou se a cerveja é gelada, porque eu não consegui chegar nem perto do balcão!
No Palco principal as bandas se revezam, as mais famosas Bartucada e Batcaverna não deixam nada a desejar perto de Olodum ou Timbalada. Tocaram de tudo (gosto de enfatizar isso) desde as famosas do axé até Raimundos, Titãs, Legião Urbana, Rappa, tudo repaginado de forma a atender o público momesco. Existe uma área reservada mais próxima ao palco para quem tem abadá, que a meu ver é uma grande bobagem.
Pouco acima dessa área tem uma outra encruzinhada onde rolam shows durante todo o dia, normalmente um sambinha de roda, típico do Rio, o ambiente é muito bom e o tempo também ajudou muito.
Nesse mesmo local, à noite, no Bar chamado Baiúca rola um Trance alucinante. as pessoas se sacodem de qualquer jeito, uma verdadeira multidão que troca os ritmos de carnaval pela batida tecno que hipnotiza. Segundo um colega esse é o ritmo mais democrático que existe porque você pode dançar de qualquer jeito e não tem letra de música. (?)
Meu currículo de carnavais está bem sortido, Salvador, Recife, Manaus, Rio de Janeiro mas essa foi uma experiência ímpar. Primeiro por ficar numa casa repleta de desconhecidos, segundo pelas características do local e depois por ser o primeiro que eu curto efetivamente solteiro, depois de me separar.
Uma coisa que me incomodou lá foi a galera usando muitas drogas e abertamente, como se no carnaval realmente tudo fosse liberado, foi triste ver meninos e meninas que preferiam endoidar o cabeção no lugar de curtir o som e dar uns beijos na boca.
Na segunda eu já estava cansado e já queria voltar para casa, mas isso é porque eu estou mesmo ficando velho. Foi tudo ótimo e valeu a pena!
Ano que vem acho que vou para o Rio.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O Rio é o Piranhão!


A Veja desta semana, que esta tão ruim quanto a da semana passada, traz uma matéria a respeito do Piranhão, apelido carinhoso do edifício sede da Prefeitura do Rio de Janeiro, que recebeu tal alcunha em virtude de ter sido construído numa área onde antes era um ponto de prostituição, a famosa Vila Mimosa.

Não é a primeira edição que comenta as mazelas da cidade que vai sediar a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e as Olimpíadas de 2016.

A sede da administração municipal abriga hoje, além do prefeito e sua equipe, um depósito de gatos, cozinhas clandestinas e ambulantes que vendem de cangas a CD / DVD pirata, alguns inclusive com serviço de entrega. O mais impressionante é que o Prédio não tem sequer o habite-se, documento que atesta se um imóvel possui condições de ocupação.

Estive no Rio em dezembro passado e pude constatar as mazelas de que sofre a nossa Cidade Maravilhosa. Tenho orgulho de ser carioca, mas não dá mais pra viver como um simples cartão postal.

As ruas estão esburacadas ou simplesmente remendadas, a cidade esta suja, a violência dispensa comentários, camelôs estão espalhados, os flanelinhas nos estorquem impiedosamente. O trânsito caótico é fruto disso tudo somado ao sem número de vans e kombis, piratas ou não, que circulam de forma enlouquecida em busca de passageiros.

Em novembro estive em São Paulo e, sem querer alimentar a rixa que existe entre nós e os paulistas, pude constatar que a infra-estrutura deles esta melhor que a nossa. Ainda bem que não fomos nós que recebemos essa chuva toda que fez a maior cidade do hemisfério sul submergir. As conseqüências para os cariocas seriam bem piores. Só nos resta esperar que, vendo o problema do vizinho os administradores do Rio possam enfim repensar a nossa infra-estrutura.

Não dá mais pra aceitar a malandragem nossa de cada dia, a idéia de tirar vantagem em tudo, o jeitinho carioca. É preciso repensar a nossa cultura, é possível mudar e finalmente nos tornarmos uma cidade global, não das novelas globais que só mostram a parte boa, mas nos equipararmos às grandes cidades do primeiro mundo. Eu espero que os eventos contribuam para isso.

Porque honestamente o Rio de Janeiro atualmente é o reflexo do Piranhão.


P.S. Depois que escrevi o post achei esse texto num blog, achei ótimo e dá uma boa referência do que estou falando:

http://blog-rascunho.blogspot.com/2008/07/fui-ao-piranho-e-fiquei-puto.html

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

No Terreiro.


Era um terreiro chic, todo mundo vestido de enfermeiro, o que quebrava um pouco o clima da Umbanda, mas dava um ar de coisa limpinha.
A palestra inicial foi ministrada por um funcionário revoltado por ter seu tempo reduzido. Um camarada que, embora bem intencionado, era tão vaidoso que quase flutuava como uma entidade.
Pai Nosso, orações iniciais, dança e finalmente Ogum, com seu porte e vitalidade. Depois Oxóssi, era seu dia e foi especial.
Já ouvi que sou filho de Ogum ou de Oxóssi, certeza mesmo só os dois que estão na minha certidão. Fato é que ouvir os atabaques e a cantoria arrepia qualquer um. Uma energia inunda aquele ambiente e enche os olhos dos espectadores de lágrimas.
A seguir os Pretos-Velhos aparecem com suas corcundas que quase jogam os médiuns ao chão e se preparam para conduzir os trabalhos.
Os Erês também marcaram presença, chamaram as crianças para brincar, comeram doces, tomaram refrigerantes e bagunçaram inocentemente chamando os pretos-velhos de vovôs.
Depois foram os Caboclos, que ouvem a todos pacientemente, aconselham, oram e, de olhos fechados, abrem os olhos de quem os procura. Mesmo com frases de auto-ajuda e dizeres genéricos de alguma forma fazem bem.
Por fim os Exús. Dizem que são de tipos variados, não sei. Dizem também que são esse povo baladeiro e farrista, será? Dizem que entendem melhor essa gente que anda na noite, em bares...são simpáticos, risonhos e brincalhões, tratam da carga pesada!
Depois vc escreve uns pedidos numa fitinha do Bonfim e amarra num pau, pega tudo o que você não quer, escreve num papel joga no fogo, aí calça o sapato e vai embora sem entender muito bem o que aconteceu.
Mas duas idéias ficam na cabeça:
1) Por estarmos na Terra, parece que estamos mais próximos do inferno que do céu; e
2) O que você não acredita não pode te fazer mal.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Recomeço...

Bem, depois de muito tempo distante desse blog, vou tentar retomar e postar algumas idéias.

O Novo Rodrigo fez aniversário!

Tudo começou lá em Aquidauana, durante minha preparação para a Missão da paz da ONU no Haiti, já tinha vontade de escrever mas não sabia muito bem como fazer ou estava sem coragem mas, vendo o Guerson escrevendo sem parar e com muita qualidade, resolvi enfim partir para essa empreitada. Montei a página e publiquei o texto sobre arrogância, essa maldita qualidade (ou defeito?) que algumas pessoas insistiam e me atribuir.

O Novo Rodrigo é um nome que me agrada e diz respeito às profundas mudanças que vivi após a minha separação. Aos mais próximos costumo dizer que quando olho para aquele tempo e tento me lembrar das coisas não me reconheço. A Bia até comentou uma vez que eu estava muuuuuito diferente, tanto que deixei ela comer um monte de azeitonas!!!!!! Ainda estou em processo de transformação e quando digo isso me lembro de alguém falando exatamente a mesma coisa, estou aprendendo sem muita certeza se precisava aprender certas coisas ou se vou ser capaz de usar esse conhecimento, pois me vejo repetindo alguns erros básicos...mas eu sempre me perdôo. Eu me amo!

Flamengo Campeão Brasileiro de 2009

Depois o Flamengo foi campeão brasileiro e eu nem falei dos dois últimos jogos, que eu assisti no Frederic Chopin com um grupo novo de conhecidos. Interessante foi ver os pernambucanos espernearem em virtude da insistência da mídia em dizer que o mengão é Hexa, contrariando a FIFA, a CBF, a Igreja Católica e um monte de babacas torcedores do Sport Clube Recife.

Eu explico: Em 1987 houve um imbróglio e a briga dos cartolas levou a uma divisão no futebol brasileiro, naquele ano não houve o Campeonato Brasileiro e o campeão seria declarado em um jogo entre o campeão da segunda divisão, o Sport, e o campeão daquilo que ficou conhecido como Copa União, disputada pela elite do futebol nacional, o Flamengo. Acontece que se o mengão ganhou da elite do futebol não precisava disputar o título com um time de pouca expressão e sem qualquer chance de vitória, assim não compareceu ao jogo e a CBF declarou o Sport vencedor por W.O.

Chegada da Beatriz

A Bia chegou de férias dia 03 de dezembro para passar quase 40 dias comigo, inclusive as festas de fim de ano. O período mais longo que ela fica comigo desde a separação, mas a idéia é essa mesmo haja vista o tempo que passei fora. Montei um quarto de princesa e o efeito foi o melhor possível, ela adorou! O objetivo não é que ela venha morar comigo mas que saiba que ali também é a casa dela.

Do dia que ela chegou até o dia em que viajamos de férias ela brincou toooooodos os dias sem limite de horário. Fez amizade com mais duas meninas e juntamente com a Mayra, que ela já conhecia, formaram o Quarteto Fantástico cujo mascote era a Lola. E a alegria transbordou naquele apartamento!!!

Curso de Mergulho

Em 2005 eu quis muito fazer o curso de mergulho e estava num lugar perfeito para isso, Recife, mas não deu.

Sem problemas, anotei o objetivo e, 4 anos depois pude fazer o curso aqui em Brasília, apesar do lago Paranoá, num curso de excelente qualidade o Scuba Du. Essa cidade sempre me impressiona.

Dois dias de aulas teóricas (foi pouco), um fim de semana praticando na piscina do clube (foi muito), e mais um fim de semana praticando no Lago, o chamado check out, foi ótimo!

Objetivo parcialmente conquistado, faltava o mergulho no mar que só iria acontecer durante nas férias no Rio.

Como eu costumo dizer...comigo tudo sempre dá certo!

No próximo post conto das férias.