sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Saudade!

Hoje o filho de um colega esteve aqui no trabalho, ele usava o tradicional uniforme do Colégio Militar com a calça garance (vermelha).

Por diversas vezes vi meninos e meninas uniformizados, mas hoje foi diferente...talvez por ser véspera de aniversário...só sei que bateu saudade.

Foi engraçado quando eu disse a ele que entrei no Colégio em 1985, para cursar a antiga 5ª Série.

__ 1985!!! Nossa, como você é velho!!!!

Pois é...e eu era bem baixinho.

Me lembro que meu pai me levou de ônibus algumas vezes pra eu pegar o jeito, depois passou a me levar no ponto de ônibus e por fim eu estava indo sozinho. O detalhe é que eu saía de casa às 05:30 da manhã e embracava no 383 (Tiradentes - Realengo) para uma viagem de 1 hora, tudo isso com apenas 11 anos!

Porque hoje não temos coragem de fazer isso com nossos filhos?

A Bia fez 9 esse ano e é um bebezinho! Não tem a menor condição de, em dois anos, atingir maturidade suficiente para fazer o que eu fazia. Meus sobrinhos e minha irmã, com mais de 15 anos, não fazem a metade do que eu fazia à época.

E não era só eu, éramos uma turma grande uma pirralhada fazendo bagunça no ônibus, tanto na ida como na volta.

E quanta merda eu fiz...dá um arrepio só de lembrar...cada maluquice...nossa!!!

Com tudo isso, não tinha como ser diferente, sou independente, corajoso e seguro, graças à coragem e a confiança que meus pais sempre depositaram em mim.

Nunca me envolvi com drogas ou malandragem, passei por perigos algumas vezes, dei muito trabalho para o meu anjo da guarda e ele nunca me faltou.

Em 1986 eu estava na 6ª série, foi quando me meti em confusão e acabei cainda da arquibancada da piscina do colégio, 10 metros de queda livre, direto no concreto. Fui levado ao HCE, estava com uma vértebra fissurada. Passei 90 dias com um colete de gesso que me deixava parecendo uma tartaruga e prossegui na minha rotina de acordar cedo, estudos, ônibus, trem, etc...

Estudei no Colégio Militar do Rio de Janeiro, a Casa de Tomáz Coelho, de 1985 a 1990 e tenho muito orgulho disso!

Não me sinto velho.

Obrigado pelo carinho e pelo zelo pai, obrigado por tudo mãe, amo vocês.

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